sexta-feira, 20 de março de 2009

DICAS DE PORTUGUÊS

Ai vai uma dica pra quem está estudando para o vestibular ou quer se atualizar nas novas régras da ortografia. Tem um blog muito legal do instrutor e consultor do jornalismo da Globo que escreve a coluna "dicas de português" , a cada semana ele desenvolve um Minicurso em que coloca uma parte da gramática, com regras e bastante exercício, o que é muito legal! Se você quizer também participar deste Minicurso ai vai o link: http://colunas.g1.com.br/portugues/ por: Joelma Lima

quinta-feira, 19 de março de 2009

O QUE O PROTECIONISMO FAZ

No protencionismo independentemente de países, costuma-se a curto prazo, ocorrer da politica colidir com a economia. Por exemplo se uma fábrica brasileira vai fechar porque não consegue competir com um produto que vem de outro país, então, nós teremos empregos perdidos aqui no Brasil e empregos preservados lá fora. Neste caso o governo do Brasil aplica um imposto proibitivo sobre o produto de fora e com isso salva-se os empregos brasileiros. É basicamente isso que o Presidente americano Barack Obama tem como primeiras medidas no seu governo. Ele quer estímular a econômia investindo bilhões para combater a recessão no país, priorizando a aquisição de bens e serviços de empresas nacionais. O problema disso está no comércio internacional, pois, quando todos os países guiam pela proteção (protecionismo) um prejudica o outro. Por exemplo, o Brasil restringe a importação de carne da Argentina para retaliar os argentinos, que impediram a importação de geladeiras brasileiras. O saldo disso tudo, é a redução no volume do comércio mundial ou seja, menos comércio, menos desenvolvimento e menos emprego. (por: Joelma Lima )

terça-feira, 17 de março de 2009

CÉLULAS TRONCOS

CÉLULAS-TRONCO
Introdução
Nos últimos anos o assunto “células-tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes, e pode-se esperar um novo tipo de Medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje é uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser extrapolados para a espécie humana. Experiências clínicas têm, entretanto, mostrado resultados alentadores.
Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Por exemplo: o tecido muscular está constituído por células especializadas em contração, os miócitos. O tecido ósseo está constituído por osteoblastos, o tecido nervoso por neurônios, e assim por diante.
Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original. Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou tronco. Por essa razão são denominadas células-tronco.
Este fato, que constantemente está ocorrendo em nosso organismo, possibilita um processo reparatório fantástico, fazendo-nos prever sua utilização em oportunidades diversas. Este fenômeno da diferenciação, ou não, das células no processo divisório, acrescido da existência, no adulto, de células precursoras, permite uma multiplicidade de situações que necessita avaliação detalhada, objeto desta revisão inicial.
Existem na atualidade discussões éticas de grandes proporções que necessitam ser abordadas ao se estudar as células-tronco. Serão avaliadas pormenorizadamente no decorrer desta análise.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Após a fecundação, a célula formada é denominada zigoto. O zigoto é uma célula totipotencial, ou seja, tem a capacidade de originar todo o indivíduo, com a sua complexa estruturação diferenciada.
Depois das primeiras divisões celulares, as células resultantes são também totipotenciais. Se estas células se separarem, a continuidade de desenvolvimento de cada uma independentemente dará origem a gêmeos idênticos ou univitelinos, provando sua totipotencialidade.
No decorrer da embriogênese, na medida em que ocorrem sucessivas mitoses vai se formando um conjunto celular denominado blastocisto. O grupamento celular central deste conglomerado apresenta células com capacidade de gerar qualquer outra célula, e por isto são consideradas pluripotenciais.
A diferença essencial entre uma célula totipotencial e outra pluripotencial é o fato de que a primeira (totipotencial) poderia até originar um novo indivíduo, enquanto que a segunda (pluripotencial) não teria essa capacidade. Ambas, têm a capacidade de gerar qualquer outra célula.
Tanto as células totipotenciais como as pluripotenciais são células-tronco. Durante o desenvolvimento embrionário elas serão as células-tronco embrionárias. Por outro lado, no indivíduo adulto, as células que mantêm as características pluripotenciais são as células-tronco adultas.
Na atualidade, a identificação, a separação, o isolamento e a cultura das células-tronco já é uma realidade. Este fato permite que se possa inferir seu aproveitamento terapêutico.
Existem vários questionamentos quanto às células-tronco. Onde estariam “guardadas” no organismo adulto? Quando entrariam em funcionamento (divisão)? Que agentes poderiam ser indutores desse processo divisional? A potencialidade dessas células poderia ser aproveitada em um processo reconstrutivo?
Com finalidade meramente didática e especulativa imagine-se, por exemplo a revolução em termos médicos que os seguintes feitos poderiam desencadear: células-tronco ou células isoladas seriam implantadas em determinada área e estimuladas a iniciar sua multiplicação, reconstruindo um órgão perdido. Desta maneira, um braço, ou uma perna ou um fígado ou mesmo um coração, (pelo menos teoricamente) poderiam ser construídos. É indispensável, entretanto, a percepção de que a realidade atual é completamente diversa. Acredita-se que um longo período ainda será necessário para a concretização desses sonhos. O controle do estímulo à divisão e diferenciação dessas células ainda está longe de ser uma rotina nos laboratórios. Quanto à utilização de células-tronco adultas, ou embrionárias, várias discussões éticas poderiam ser estabelecidas.
O uso de células-tronco adultas seria definido como a retirada de um grupo de células-tronco de determinada região do organismo de um paciente e seu aproveitamento no próprio individuo. A medula óssea do individuo adulto é uma zona extremamente rica nessas células e, por isso, freqüentemente usada como fonte de células-tronco transplantadas para o mesmo indivíduo.
Quanto ao uso de células-tronco embrionárias, várias discussões podem entrar em cogitação. Nesta situação, a retirada das células é realizada em embriões com poucos dias de desenvolvimento. Esta retirada é feita na maioria das vezes com o sacrifício do embrião, o que estabelece um dilema ético. Grandes discussões têm sido realizadas sobre este dilema. Grupos religiosos, de especialistas em ética e de cientistas estão há bastante tempo discutindo de maneira mais ou menos veemente este problema. O sacrifício do embrião doador destas células totipotenciais, ou mesmo pluripotenciais, cria uma situação extremamente delicada e de difícil consenso.
Por estas razões apontadas, esta revisão do possível aproveitamento dessas células, a partir desse momento passa a ser exclusivamente direcionada ao estudo das células-tronco adultas. Como foi afirmado anteriormente, as células-tronco adultas estão distribuídas em várias regiões do organismo, e mantêm sua potencialidade reprodutiva.
Reiterando essa afirmativa: como estas células mantêm esta capacidade durante toda a vida do individuo, a qualquer momento poderiam tornar-se utilizáveis em relação à necessidade de seu aproveitamento em um determinado processo regenerativo. Na medula dos ossos longos existe um nicho de células-tronco com constância e em quantidade suficiente para aproveitamento. Por outro lado, a retirada destas células pode ser realizada com relativa facilidade por uma punção de osso ilíaco. Em laboratório estas células podem ser separadas por centrifugação, e pipetagem.
Uma vez separadas, estas células pluripotenciais são injetadas de novo no organismo. Por sua pluripotencialidade elas têm a capacidade de migrar pela corrente circulatória, e aderir em zonas onde haja a necessidade de reparação. Inicia-se então um processo regenerativo cuja magnitude está sendo clareada no momento atual.
PERSPECTIVAS DE APROVEITAMENTO CLÍNICO
Várias áreas da Medicina estão em período experimental de aproveitamento de células-tronco. Uma resenha das principais e mais consistentes experiências com o seu aproveitamento será apresentada a seguir:
Neoangiogênese
A formação de novos vasos sangüíneos a partir do uso de células-tronco está sendo cada vez mais evidenciada. Em revascularização de retalhos existem vários trabalhos pioneiros em andamento. No Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Porto Alegre, coordenado pela equipe da disciplina de Cirurgia Plástica da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, está aprovado pela CONEP um trabalho pioneiro de revascularização de retalhos com a utilização de células-tronco.
Cardiologia
A equipe da UFRJ desenvolve, também, trabalhos na linha de tratamento de cardiopatias, em parceria com o Hospital Pró-cardíaco, no Rio de Janeiro. Nesses estudos, foram realizados os transplantes de células-tronco adultas em 20 pacientes que aguardavam o transplante cardíaco. Do total de transplantados, 16 pacientes foram estudados por um longo prazo, demonstrando que a terapia celular trouxe consideráveis melhoras clínicas
Neurologia
Em 2002, foram apresentados resultados de experimentos em ratos adultos, com células-tronco isoladas do sistema nervoso central transplantadas, que apontaram a possibilidade de tratamentos futuros para doenças neurodegenerativas. Outras linhas de pesquisa com células-tronco também apresentam resultados promissores, entre elas a do tratamento de lesões traumáticas em que se utiliza uma injeção local de células-tronco medulares. Um estudo feito pela equipe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), conseguiu recriar impulsos elétricos entre a região lesada e o cérebro, pela aplicação de células-tronco medulares.
Ortopedia
As aplicações das células-tronco estendem-se, também, à engenharia biotecidual, que utiliza o rápido potencial de crescimento apresentado pelas células-tronco para a obtenção de tecidos, tais como ossos, pele e cartilagem, que são cultivados e reimplantados nos pacientes em casos de lesões. Este procedimento já é realizado no Hospital das Clínicas da UFRJ, pela equipe do pesquisador Radovan Borojevic. A equipe trabalha também em estudos envolvendo o tratamento de grandes lesões ósseas, as quais não têm possibilidade de regeneração espontânea. Nesses casos, são utilizadas células-tronco medulares injetadas em matrizes ósseas humanas, que permitem que as células-tronco se diferenciem em células ósseas, promovendo a regeneração do tecido lesado.
Endocrinologia
Estudos têm sido realizados em pacientes com diabete tipo 1. Essa doença é causada pela redução de disponibilidade ou perda de sensibilidade à insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue e é secretado pelo pâncreas. A partir de células pancreáticas de órgãos doados, os pesquisadores conseguiram a maturação in vitro de células-tronco de ilhotas. Dos 38 pacientes que se submeteram ao transplante, após um ano, 33 estavam livres da terapia com insulina. São relatos isolados entretanto de extraordinária importância se for analisada a possibilidade de cura dessa doença. Fica clara a necessidade de cautela no entendimento destas extraordinárias possibilidades de uso.
INVESTIMENTOS INTERNACIONAIS EM PESQUISAS SOBRE células-tronco
Segundo Carlos Vogt, publicado em 2002 no Com Ciência, nesse ano o governo norte-americano destinou mais de 387 milhões de dólares para pesquisas com células-tronco, nas 20 instituições de pesquisa integrantes do NIH. Esse orçamento dividiu-se em pesquisas que utilizam células-tronco adultas e embrionárias de linhagens autorizadas, de humanos e de animais. O Instituto Nacional do Câncer foi o centro com maior gasto em pesquisas com células-tronco adultas, cerca de 70 milhões de dólares. O Instituto Nacional de Diabetes e de Doenças Digestivas e Renais foi o que mais utilizou recursos federais para pesquisas com células derivadas de embriões, com investimentos chegando a quase 4 milhões de dólares.
Segundo Don Ralbovsky, do escritório de comunicações do NIH, não existe um levantamento de dados sobre o investimento privado em pesquisa com células-tronco nos EUA. "Provavelmente algumas companhias estão empenhadas em reunir dados a esse respeito, mas elas não divulgam seu balanço financeiro". O orçamento do NIH para 2004 foi de US$ 27,89 bilhões. Estima-se que mais de 60% tenha sido gasto em pesquisa básica. Em comparação, no ano de 1997 as indústrias farmacêutica e de biotecnologia gastaram US$ 27 bilhões em pesquisas biomédicas. Em 1990, somente 14% do orçamento do setor foi aplicado em pesquisa básica, de acordo com relatório do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA.
O governo norte-americano também tem investido em pesquisas com outros tipos de células-tronco. Em 2001, juntamente com o anúncio presidencial da restrição de fundos para as pesquisas com células embrionárias, o governo destinou cerca de US$ 250 milhões para pesquisas com células-tronco adultas obtidas de cordões umbilicais, placentas e de animais. No início do ano de 2002, o presidente George Bush assinou lei destinando US$ 10 milhões para a criação do Programa para o Banco Nacional de Células-Tronco de Cordão Umbilical (National Cord Blood Stem Cell Bank Program). A decisão beneficiou diretamente a empresa ThermoGenesis Corp., que desenvolveu a tecnologia para processamento, conservação, estocagem e coleta de células-tronco derivadas de placentas e cordões umbilicais. A quantia inicial foi utilizada para a criação de unidades de bancos com esse tipo de células-tronco em todo o país. Estima-se que sejam gastos cerca de US$ 150 milhões para a criação de 150 mil dessas unidades.
PROJEÇÕES FUTURAS
No Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Porto Alegre, coordenado pela equipe da disciplina de Cirurgia Plástica da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, foi criado um projeto de estudos continuados sobre células-tronco. Denominado GESC (Grupo de Estudos Stem Cells), o grupo tem uma periodicidade quinzenal de reuniões, onde são realizados seminários sobre o assunto. A presença da pesquisadora e internacionalmente conhecida profª dra Nance Nardi, como integrante e orientadora do grupo, tem permitido importante evolução do conhecimento na área. Os planos incluem um centro de pesquisa clínica e de difusão do conhecimento sobre células-tronco.

ARMAZENAMENTO DE CÉLULAS-TRONCO

Serviço de células-tronco é traduzido para o português
Brasileiros e latino-americanos no Japão já podem usufruir do armazenamento de células-tronco
Tokyo - IPC World, Inc/ Jornal IPC

Brasileiros e latinos que vivem no Japão e estejam interessados pelo serviço de armazenamento de células-tronco, já podem contar com serviço de informação dos procedimentos em português e espanhol. O serviço foi traduzido pelo intérprete Júlio Doi.
Até hoje, muito já se falou sobre o assunto mas a maioria desconhecem os benefícios das células-tronco como: regenerar 190 tipos de tecidos danificados do corpo humanos, capacidade de se transformar em sangue, nervo, osso ou até em neurônios.
Curas de doenças como leucemia e paralisia cerebral já foram sanadas com êxito, e outras estão em fase de estudo.
A coleta é simples e indolor, no momento do parto o obstetra retira o sangue do cordão umbilical e a separação das células-tronco são realizadas pelo laboratório.
As células-tronco sao armazenadas a 196 graus negativos utilizando-se nitrogênio líquido e podem ser guardadas por décadas.
Todo o procedimento custa cerca de 230 mil ienes, mas uma taxa de 70 mil, cobradas a cada dez anos.
Júlio Doi responsável por traduzir o serviço para o português e espanhol, compara o procedimento de armazenamento como uma garantia de vida futura. " Todo mundo deve estar preparado para o futuro, ninguém sabe o que pode acontecer. É um seguro de vida que nós fazemos para os nossos filhos, mas não só para eles pois a compatibilidade é de 25 porcento para irmãos, pai e mãe."
Ainda que a família mude do Japão, ela poderá pagar as taxas estando no exterior, e caso necessite, solicitar a tranferência das células-tronco

CURA DE DIABETES COM CÉLULAS-TRONCO

CELULAS TRONCOS
Cura do diabetes com células-tronco pode estar próxima, segundo pesquisa
Da EFE
(Embargada até as 15h de Brasília)
Londres, 15 mar (EFE).- A cura definitiva do diabetes através do transplante de células-tronco poderia estar cada vez mais perto, depois que uma equipe de pesquisadores desenvolveu um composto químico que pode transformá-las em células beta capazes de liberar insulina.
A revista "Nature Chemical Biology" publica hoje que um grupo de cientistas da Universidade de Harvard (EUA), liderado por Douglas Melton e Stuart Schreiber, descobriu um composto que, inoculado na endoderme, é capaz de criar um grande número de células com o gene Pdx1, necessário para a produção de insulina.
Após geradas estas células, os pesquisadores as implantaram em ratos através de uma cápsula renal, e observaram que podiam criar um grande número de células vivas geradoras de insulina.
Esta descoberta representa um importante passo na criação de células beta, o grande objeto de desejo dos cientistas no desenvolvimento da cura desta doença.
As células beta são um tipo de células do pâncreas que se encarregam de liberar e sintetizar a insulina, um hormônio que controla os níveis de glicose no sangue.
Essas células são as primeiras que desaparecem nos pacientes que têm o diabetes do tipo 1 - conhecido como diabetes juvenil -, uma vez que o próprio sistema imunológico do corpo as destruiu devido a um processo auto-imune.
No diabetes de tipo 2, a insulina produzida pelas células beta do pâncreas atua incorretamente ou é insuficiente. EFE

sábado, 14 de março de 2009

PROTECIONISMO

Por Suzana Naiditch
EXAME Atual vice-presidente de programas internacionais do Cato Institute, localizado em Washington, nos Estados Unidos, o cientista político Tom Palmer é uma das mais respeitadas vozes do mundo a respeito do fenômeno da globalização.
1 - O que a globalização e o protecionismo têm a ver com o equilíbrio político entre as nações?O melhor propulsor de paz entre as nações é a liberdade econômica. Os horrores do século 20 estão fortemente conectados ao protecionismo. Ele coloca os países uns contra os outros e substitui a amizade e o comércio por hostilidade e guerra. Já a globalização reforça o estado de direito e a democracia.
2 - Por que o maior grau de abertura da China ao comércio mundial ainda não trouxe democracia ao país?O país vem se transformando rapidamente. E é a abertura para o mundo que está mudando a cena política e social da China. Lembre-se de que, há poucas décadas, foram mortas milhões de pessoas na chamada Grande Marcha — e o resto do mundo mal notou. Agora, a comunidade internacional está profundamente preocupada com questões como a repressão ao Tibete e os direitos trabalhistas dos operários chineses.
3 - Na atual campanha eleitoral americana, o candidato democrata, Barack Obama, já declarou que é a favor da manutenção de algumas barreiras agrícolas. Isso não é um retrocesso na era da globalização?Por causa da insistência em manter políticas protecionistas para os produtos agrícolas, o governo americano e a União Européia têm sido, nos últimos anos, os principais obstáculos para a promoção de relações econômicas mundiais mais pacíficas. Com isso, eles prejudicam seus próprios consumidores, que acabam pagando mais caro pelos produtos, e negam os benefícios do livre comércio às pessoas de outros países.
4 - Qual o maior benefício do livre comércio?Nações que adotaram o livre comércio tiveram aumentos na renda per capita, na expectativa de vida, na educação, na saúde. A liberdade para o comércio é o caminho para a prosperidade.
5 - Muitos analistas dizem que a globalização não leva necessariamente à prosperidade, pois faz com que o capital migre para onde a mão-de-obra é mais barata. Isso não é verdade?Se fosse verdade, os países pobres da África estariam abarrotados de investimento estrangeiro. As boas leis são ferramentas mais eficientes para atrair o capital do que a mão-de-obra barata.
6 - Outra crítica freqüente que se faz à globalização é que as fronteiras nacionais ainda são muito importantes para os negócios. O que o senhor acha dessa visão?A lei da gravidade funciona do mesmo jeito no Brasil ou na Argentina. As regras de economia também. Não há fundamentalmente nada de especial no comércio internacional que o diferencie economicamente do comércio através de fronteiras estaduais dentro do Brasil ou através de uma rua. Por isso, as fronteiras são irrelevantes para o comércio, exceto quando as decisões políticas as tornam relevantes.
7 - O senhor acha que o processo de globalização não merece nenhuma crítica?Se globalização significa destruir obstáculos políticos para que as pessoas possam cooperar e comercializar livremente, então eu só posso ser incondicionalmente a favor dessa força.

PROTECIONISMO

Protecionismo
Protecionismo é uma doutrina, uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo, a importação de produtos externos e a concorrência estrangeira. Tal teoria é utilizada por praticamente todos os países, em maior ou menor grau. Alguns exemplos de medidas protecionistas: - Criação de altas tarifas e normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros, reduzindo a lucratividade dos mesmos e dificultando sua entrada; - Subsídios à indústria nacional, incentivando o desenvolvimento econômico interno; - Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual que o acionário estrangeiro pode atingir numa empresa. O responsável pela fiscalização do comércio entre os países e dos atos protecionistas que os mesmos adotam é a OMC (Organização Mundial do Comércio), cujo papel é promover a liberalização do comércio internacional. O protecionismo é vantajoso, em tese, pelo fato de proteger a economia nacional da concorrência externa, garantir a criação de empregos e incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias no país. No entanto, essas políticas podem, em alguns casos, fazer com que o país perca espaço no mercado externo; provocar o atraso tecnológico e a acomodação por parte das empresas nacionais, já que essas medidas tendem a protegê-las; além de aumentar os preços internos. Além disso, vale ressaltar que a diminuição do comércio, conseqüência natural do protecionismo, enfraquece políticas de combate à fome e ao desenvolvimento de países pobres.
Por Tiago DantasEquipe Brasil Escola

sexta-feira, 13 de março de 2009

ECONOMIA

FINANÇAS

Dá para guardar esse segredo?Suíça, maior paraíso fiscal do mundo, pode estar com os dias contados। E isso afeta milhares de brasileiros, que escondem US$ 70 bilhões nas montanhas geladअस dos AlpesPor Leonardo Attuch
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/595/artigo127168-1.htm

O OLHAR PLÁCIDO DE um são bernardo, cão tipicamente suíço, já revela sua personalidade. Dócil, leal e vigilante, ele parece incapaz de trair seu dono. Com essas características, a raça conquistou os Alpes suíços e os primeiros registros dos animais vêm de 1707. Mais ou menos na mesma época, uma outra tradição helvética começou a ganhar corpo: a do segredo bancário.
Para proteger as fortunas de antigos senhores feudais, os primeiros banqueiros de Genebra e Zurique começaram a guardar o ouro em autênticas fortalezas escondidas nas montanhas. Com o passar dos anos, os suíços foram aperfeiçoando sua tecnologia de proteção financeira. Criaram as contas numeradas, aquelas em que os nomes dos titulares jamais aparecem, e tornaram indevassáveis, com garantia em lei, as identidades de seus clientes. Com tamanho rigor, criaram um sistema financeiro monumental. Num território minúsculo, guardam depósitos que equivalem a três vezes o PIB do Brasil. Essa construção, que parecia sólida e eterna, começou a ruir. Derrete como se estivesse alicerçada sobre a neve das montanhas, num calor de 40 graus. A avalanche começou há poucos dias quando o UBS, maior banco suíço, fez um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, admitindo revelar o nome de 250 clientes que teriam sido ajudados pelo banco a evadir recursos e a sonegar impostos. Na prática, foi como se o são bernardo traísse a sua natureza.
Anistiar ou não?
O combate à evasão e à lavagem de dinheiro no Brasil ganhou força quando o juiz paranaense Sérgio Moro (de óculos) conduziu as primeiras prisões do caso Banestado, revelando a existência de mais de US$ 30 bilhões em depósitos sem origem. No Congresso, o senador Delcídio Amaral (centro) tem um projeto para anistiar aqueles que decidirem repatriar recursos para o País. Ele defende a tese de que muitos só protegeram seu patrimônio numa época em que o Brasil não tinha uma moeda digna. Mas enfrenta a resistência de técnicos do governo, como Antônio Gustavo Rodrigues (na ponta), do Coaf.
Essa decisão só ocorreu porque a economia global mergulhou em tempos estranhos e anormais. Duramente abatido pela crise internacional, que já consumiu mais de US$ 20 bilhões dos seus resultados, o UBS se viu diante de uma encruzilhada: se não fizesse um acordo com o governo americano, que envolveu ainda uma multa de US$ 780 milhões, poderia ficar impossibilitado de operar nos Estados Unidos. Entre a preservação do negócio e a tradição, ficou com a primeira alternativa. Mas a escolha talvez tenha sido precipitada – ao menos para os interesses econômicos da Suíça. Na quarta-feira 25, o presidente do UBS, Marcel Rohner, foi sumariamente demitido. Ele, que resistiu às perdas bilionárias nos balanços, não sobreviveu à quebra da relação de confiança com os clientes. E se os bancos helvéticos já tinham perdido US$ 756 bilhões em depósitos desde o início da crise – na maior parte em saques feitos por correntistas estrangeiros –, a tendência deve se acelerar a partir de agora. “A decisão foi histórica”, comemorou Daniel Lebègue, chefe da seção francesa da Transparência Internacional. “O fato de um banco suíço, número um mundial em gestão de fortunas, ter se rendido, marca uma virada em relação ao combate aos paraísos fiscais.”
É exatamente assim, como um fator de ruptura, que esse caso começou a ser tratado nos quatro cantos do mundo. Nos Estados Unidos, as autoridades agora querem 52 mil nomes. Na Europa, os governos de Angela Merkel, na Alemanha, e Nicolas Sarkozy, na França, pressionam a Suíça a se adaptar às regras financeiras da União Europeia. E a onda também deve chegar ao Brasil. “É um precedente muito importante, que pode acelerar de vez o combate à lavagem de dinheiro no País”, disse à DINHEIRO o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná. Foi ele quem esteve à frente do caso Banestado, que revelou a existência de mais de US$ 30 bilhões em recursos não declarados por brasileiros no Exterior. A partir daí, vários doleiros começaram a ser presos e interrogados, levando até à descoberta de alguns nomes de clientes em processos de delação premiada. Depois do caso Banestado, alguns banqueiros suíços, ligados a instituições como UBS, Crédit Suisse e Clariden, foram presos no Brasil nas operações Kaspar I e Kaspar II, da Polícia Federal. Eram acusados de ajudar clientes brasileiros a evadir e a sonegar recursos – o que ficou mais tempo na cadeia foi Luc Marc Depensaz, gerente do UBS, detido por três meses no Brasil. Estimativas não oficiais dão conta de que brasileiros manteriam cerca de US$ 70 bilhões em paraísos fiscais como a Suíça.
ESCÂNDALO DA PASTA DE DENTE: diamantes num dentifrício foram o estopim para a descoberta do caso, que levou à demissão de Marcel Rohner do UBS
Responsável pelas operações Kaspar I e Kaspar II, o delegado federal Ricardo Saadi disse à DINHEIRO, numa entrevista recente, que pretendia incriminar os presidentes mundiais do UBS e do Crédit Suisse. Sua tese: a de que os banqueiros suíços eram, no mínimo, coniventes com o que seus gerentes faziam em países como o Brasil. Segundo ele, não apenas sabiam, como também incentivavam a prática de delitos financeiros. E foi exatamente isso o que se descobriu nos Estados Unidos. De acordo com as autoridades americanas, documentos apreendidos no UBS revelaram que Rohner, o presidente defenestrado na semana passada, tinha pleno conhecimento do que seus subordinados faziam nos EUA. O mais curioso da história é que o estopim do escândalo foi a imagem de um simples tubo de pasta de dente. Tudo aconteceu quando Brad Birkenfield, funcionário do UBS em Genebra, decidiu viajar dos Estados Unidos à Suíça. Ele, que acabara de visitar um cliente na Califórnia, decidiu esconder diamantes num tubo do dentifrício Crest, que foi flagrado pelo raio X. Preso no próprio aeroporto, Birkenfield começou a colaborar com a Justiça americana e entregou todo o esquema do UBS. “O que esses gerentes fazem lá é exatamente o que fazem no Brasil”, diz o juiz Sérgio Moro. “Só que aqui, contam com a ajuda de doleiros.”
Apesar do caso UBS, as autoridades suíças têm prometido resistir. Lá, o segredo bancário é garantido por lei e o Estado pode ser obrigado a indenizar clientes que tenham suas identidades reveladas. Mas o que conta, em casos desse tipo, é a palavra confiança, que pode ter sido quebrada. Brasileiros que mantêm recursos não declarados fora do País estão apreensivos. Para eles, a esperança pode ser um projeto de lei do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que já tramita no Congresso. Seria uma anistia para aqueles que enviaram recursos para fora do País sem declará-los. Nesses casos, contanto que não seja dinheiro de origem criminosa, como tráfico de drogas ou contrabando, o cidadão pagaria 8% para repatriar os recursos, livrando-se de eventuais processos criminais por sonegação fiscal. “Esse é um projeto de cidadania fiscal, que viria em boa hora, pois, em meio a essa crise, o Brasil precisa de mais recursos externos”, disse o senador à DINHEIRO. Delcídio Amaral aponta até uma justificativa moral para a anistia. Muitos dos brasileiros que enviaram recursos para fora o fizeram apenas para proteger o patrimônio, numa época em que o País não tinha uma moeda digna do nome. “Queremos reduzir as pendengas na relação entre a Receita e o contribuinte.” Mas por melhores que sejam suas razões, a tarefa do senador do PT é inglória. Teria antes de vencer a resistência de órgãos do próprio governo, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda, o Coaf. “Uma anistia seria um incentivo errado e reforçaria a sensação de impunidade”, disse à DINHEIRO o presidente do órgão, Antonio Gustavo Rodrigues. “Aqueles que pagaram seus impostos poderão se sentir idiotas.”
Um dogma que já dura 300 anos
O segredo bancário suíço existe desde 1714. Surgiu para guardar com segurança os recursos dos senhores feudais e dos proprietários de terras.
No reinado do rei Luís XVI, o último monarca absolutista francês, que foi guilhotinado em 1793, o ministro das Finanças da França era um banqueiro suíço, chamado Necker.
Em 1931, o ditador Adolf Hitler promulgou uma lei instituindo a pena de morte para todos os cidadãos alemães que mantivessem recursos não declarados fora do país. A Gestapo, sua polícia secreta, conduziu operações de espionagem em Genebra e Zurique.
Em 1934, o sigilo bancário passou a fazer parte do código civil suíço e clientes que tivessem seus nomes revelados por uma instituição financeira passaram a ter direito a indenizações do Estado.
Em 1984, o governo fez um plebiscito para consultar seus cidadãos sobre a conveniência de se manter ou não o segredo bancário. Mais de 73% dos suíços votaram a favor da manutenção.
Em 2008, banqueiros suíços começaram a ser presos no Brasil, em ordens de prisão assinadas pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6a Vara Federal de São Paulo. Eram acusados de ajudar clientes brasileiros a sonegar impostos.
Há poucas semanas, o UBS, maior banco suíço, fez um acordo com autoridades dos Estados Unidos, concordando em abrir as identidades de 250 clientes. A Receita americana pede 52 mil nomes.
Com Denize Bacoccina